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Flores na Primavera

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     Amanhã (22/09) inicia-se a Primavera, considerada a estação das flores. No Recôncavo da Bahia, essa estação traz temperaturas mais agradáveis, além disso, os dias ficam mais claros. As flores aparecem bastante nos jardins e bem antes da chamada da estação.       Aqui vão algumas flores encontradas esta semana nos jardins da cidade de São Félix, que também são vistas em outras partes do Recôncavo e do Brasil.  Chanana Crédito: Valdelice Santos  Rosa do deserto Crédito: Valdelice Santos Flor de cacto Crédito: Valdelice Santos Buganvile Crédito: Valdelice Santos Rosa vermelha Crédito: Valdelice Santos Girassol Crédito: Valdelice Santos Flor de pitanga Crédito: Valdelice Santos

Andu e mangalô, sabores mágicos nordestinos

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Entre andu e mangalô, qual você prefere? Espero não está falando grego aqui. Se você é do nordeste brasileiro, com certeza já ouviu falar ou já comeu algum deles. Mas se você não tinha conhecimento desses dois alimentos, vou trazer algumas informações aqui, com intenção de lhe deixar com a água na boca para experimentar essas duas delícias bem populares no Recôncavo da Bahia. Grãos de andu  Crédito: Valdelice Santos  O andu e o mangalô são dua s espécies de grãos semelhantes ao feijão. Porém, cada um possui um sabor peculiar. Ambos são bem fáceis de encontrar nas feiras livres, a depender da época da colheita que, geralmente, é entre junho e outubro. Os preços ficam em torno de R$5,00 a R$10,00, o litro. Neste período agora podem ser encontrados com preços bem acessíveis.  O andu, (chamando em outras regiões de andu-feijão, ervilha-de-pombo, anduzeiro, guandeiro, guando, feijão-guandu e feijão) é uma planta de médio porte e com semente de alto valor nutritivo, rica em proteínas, ferro

Sorte ou azar

Por aqui no interior, no Recôncavo da Bahia,  Uma coisa todo mundo guarda ou já ouviu de alguém um dia Um ditado dos mais velhos que deveria respeitar.  "Não guarde espelho quebrado", "não deixe a roupa pelo averso ficar".  "Palma da mão coçando?  É sinal de dinheiro chegando". Ah, são tantos que nem cabe tudo na minha mente.  Não há nenhum estudo que comprove isso cientificamente,  Mas não nos cabe contestar, apenas respeitar Os vários conselhos da crendice popular Que já fazem parte do nosso cotidiano.  Alguns deles são pra sorte, outros pro azar.  Tem quem acredite, outros vivem a duvidar. E assim vamos vivemos, aderindo-os, muitas vezes sem perceber.  Isso só nos mostra que da nossa cultura ainda temos muito que aprender. 

Vida em jogo

Há muitos e muitos anos, um senhor passou a fazer muito dinheiro com partidas de baralho.  Ele comprou carro, tinha uma fazenda de fazer inveja a qualquer fazendeiro da região do Sinunga, que fica numa pequena cidade chamada São Félix.  Não andava no luxo, suas roupas eram simples, mas dinheiro ele tinha o suficiente para viver sem trabalhar por muitos anos. Seu coração era enorme e não via maldade em ninguém. Ele ajudava todo mundo que pedia ajuda. Tristeza não tinha lugar em sua face. Ninguém sabe como conseguia vencer praticamente todas as partidas do jogo. Roubar não era o caso. Seus adversários prestavam bastante atenção nisso.  Seu Garapa, assim todos o chamam, tinha muitos amigos e alguns deles eram seus adversários nas partidas de baralho. Esses, na verdade, eram seus inimigos, a ponto de desejar todo tipo de mal para ele. Mas mantinha uma falsa amizade, e Garapa nunca percebeu nada. Ele até os tinham como os seus melhores amigos.  Joaquim, Rufino e Nadizo nunca se conformaram

Cachoeira é "sacudida" por tremor de terra

“As casas do povo aqui tremeram. Eu acordei doida, que o povo disse aqui que era a barragem. Meu Deus! Será que é o fim do mundo já? Ou é a barragem mesmo? Tá todo mundo aqui acordado na porta da rua. Disse que até estante e televisão tremeram”.  “Aqui na Ladeira da Cadeia disse que o povo tá tudo do lado de fora. Sacudiu a Ladeira da Cadeia. Eu perguntei a um camarada meu de Muritiba, disse que lá não viu não. Disse que ouviu um estrondo. Mas sacudiu? Sacudiu! Sacudiu o Morro e a Ladeira da Cadeia. E na Ladeira da Cadeia, saiu todo mundo pro lado de fora com medo”.  “Gente, alguém daí de Cachoeira tem alguma informação precisa sobre o tremor que disseram nas redes sociais?” “Eu vi um barulho de uma laje caindo, mas tremer eu não senti não. Só ouvi o barulho, mas minha amiga me disse que sentiu”.  Esses diálogos são de alguns áudios que circularam pelas redes sociais. Foi um disse me disse que não dizia nada.  Era a barragem, era o fim do mundo, até uma pedreira, em Muritiba, entr

Farinha de mandioca e sua produção

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Uma atividade que une família e vizinhança na zona rural é a produção de farinha. Aqui no Recôncavo da Bahia, especialmente na zona rural de Cachoeira, de São Félix e de Maragogipe a produção de farinha de mandioca é bem comum.  O trabalho começa com a colheita das raízes de mandioca, aipim, macaxeira, ou como queira chamar, seguida da raspagem, prensagem, torração e peneiragem. A produção de farinha na região não é uma das maiores, mas suficiente para abastecer o mercado local.  As etapas da colheita e, principalmente a da raspagem são as que mais exigem mão de obra. Esse é o momento que junta família e vizinhos para ajudar na tarefa. Ou seja, estreita mais os laços afetivos e culturais. Há momentos de conversas, risadas, lembranças, histórias, diversos assuntos são tratados ali. Como se diz por aqui, momento de jogar conversa fora.  Farinha vendida na feira livre         Crédito: Valdelice Santos  Muitas famílias produzem a própria farinha para o consumo e/ou para a venda. Elas plant

 O que tem neste prato? 

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Ninguém gosta de falar sobre os segredos culinários, às vezes até jura que não tem nenhum. Mas sabemos que todo cozinheiro/a ou aprendiz de cozinheiro tem um jeito especial de preparar seus pratos. Há também aquelas receitas que são modificadas de acordo com a região, aderindo elementos da cultura local, ou seja, por si só já tem seu próprio segredo.  O Recôncavo da Bahia é uma região cheia de pratos com sabores bem diferenciados, alguns até exóticos. O sabor agregado a esses alimentos tem grande influência da cultural africana, como a moqueca e o acarajé.  O pirão ou angu é um dos pratos mais diversificado que temos no Recôncavo. Não é exclusividade da região, mas, sem dúvidas, a receita é bem peculiar.  Os mais famosinhos são: pirão de galinha, principalmente caipira; pirão de peixe (mirim, moréia, tainha, pititinga, bagre, robalo, redondo); pirão de mariscos (siri, sururu, ostra, aratu, caranguejo, guaiamu, lambreta, mapé, sarnambis, camarão); pirão de carnes com verduras (cozido);