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Mostrando postagens de janeiro, 2010

Ela é um bicho-papão?

     Fiquei semanas e mais semanas apreensiva com a apresentação do seminário da professora Roberta Araújo. E quem não ficaria? Todo mundo dizia que ela era muito exigente e avaliava os mínimos detalhes como a vestimenta, a direção dos olhares e os gestos manuais de cada componente do grupo.      Nas minhas horas vagas, não fazia outra coisa a não ser ler e reler o texto. Abandonei até os passeios em Cachoeira, precisava entender todos os tópicos, pois Roberta faria algumas perguntas que deveríamos responder corretamente e com muita clareza.      O texto era A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica de Walter Benjamin. No início da leitura, o texto ficou um pouco confuso, porém depois de algumas pesquisas, ele começou a ter sentido. Junto ao grupo, discutia os pontos mais importantes e como iríamos apresentar o seminário. Confesso que o nervosismo não queria nos deixar um só instante.     O tempo foi passando, até que chegou 11 de janeiro de 2010, o tão esperado

A descoberta de Magalli

       Divertida, curiosa e muito travessa, assim era a pequena Magalli , que acabara de completar oito aninhos . Morava num sítio em Coqueiros, distrito de Maragogipe , com seus pais e seu irmão Gustavo.        Magalli amava ficar na casa de sua avó materna, dona Dete , uma velha costureira de Coqueiros, que já não gozava bem de saúde. A menina gostava de fazer companhia a sua avó, em troca desta companhia, dona Dete a deixava revirar a casa de cabeça para baixo, mas nunca indagou o porquê de  Magalli fazer tanta questão de remexer em todas as suas coisas.        Um dia, meio que por acaso, Magalli resolveu contar a sua avó porque mexia nas suas coisas:        – Vó , já faz muito que eu procuro nas suas coisas e nas do vovô algum vestígio de qualquer outra coisa que me ajude a descobri o que eu serei quando crescer.        – Minha querida Magalli , não é assim que se descobre o que queremos ser, geralmente as pessoas descobrem através daquilo que mais gosta de fazer,

Relato de uma cerâmica

Numa pacata vila me imaginam como eu deveria ser. E como obra única eu venho ao mundo. Delicadas mãos passeiam pelo meu corpo, Tentando me deixar uma peça bem bonita. No início, sou desbotada, quase não sou admirada. Mas as etapas seguintes me deixarão mais embelezada. Basta alguns dias e algumas trocas de mãos, Lá estou linda, quase arrasando, mas ainda delicada. E no último retoque, o mais dolorido, Sob as fortes chamas e fixada entre outras peças, Com um novo colorido, Estou pronta para viajar. Viajar com quem se apaixonar por mim E fizer questão de minha companhia na sua casa. Valdelice Santos

Gastronomia maragogipana

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Pratos típicos da região Pratos típicos da região Maragogipe é uma cidade pacata, banhada pelo rio Paraguaçu e protegida por São Bartolomeu. A maior parte de seus moradores, principalmente os que vivem à margem do rio, sobrevivem da pescaria. Ostra, mapé, sururu, chumbinho, camarão, robalo e arraia são bastante encontrados no município, também estão na lista dos pratos mais requisitados nos restaurantes locais. Nos restaurantes mais movimentados da cidade, registramos que, o povo se delicia com o marisco e pede bis. O tempero maragogipano é sem dúvida o mais procurado da região, sobretudo, no mês de agosto na festa do padroeiro da cidade, São Bartolomeu, em que a cidade recebe um fluxo maior de visitantes. Apolônio O bar e restaurante do Apolônio existe há 10 anos e fica localizado na Praça João Primo Guerreiro, no Cajá. De vista para o mar, os clientes degustam a moqueca de camarão e robalo, pratos mais pedidos no restaurante. “A comida daqui é aprovada, o povo pede muito