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Mostrando postagens de outubro, 2009

Maravilhas da cidade

A brisa marinha percorre todas as ruas, pessoas conversam sobre o mesmo assunto, casarões antigos presentes em cada virada de olhar. Ruas com becos e outras com longas ladeiras e muita gente boa pinta. No trânsito, os automóveis se cruzam com bicicleta, motos, pessoas e animais como cavalo, cachorro, gato, galinha, pombo... Tudo isto só pode ser visto por quem realmente tem vontade de morar lá ou de conhecer a cidade das maravilhas, Maragogipe.   Um pássaro que passeia pelos ares com sua família, outro pousado à margem do rio esperando seu alimento, um adolescente ansioso sentado no jardim à espera da menina que roubou seu coração, grupos de estudantes aguardando o ônibus partir para levá-los de volta às suas casas, a queda d'água da cachoeira se apresentando no início da cidade, dando boas-vindas aos visitantes e o reencontro dos pescadores com a família, depois de uma longa jornada de trabalho. Estes acontecimentos repetem-se sempre, trazendo de novo o sentimento de quem prese

O bom e velho amigo lápis

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      Prefiro escrever as minhas anotações usando o lápis, pois a caneta desliza no papel e isso me incomoda um pouco. Posso parecer boba para alguns leitores e confesso que eu também me vejo assim. Outro motivo, o qual não gosto de usar caneta, é porque ela deixa a certeza de que não podemos   deletar   o que foi escrito, sem deixar marcas de que já escrevemos por ali, enquanto o lápis é diferente, você pode reescrever no mesmo lugar, apagando quantas vezes quiser, cuidadosamente.       Ah, também gosto de escrever com o concorrente do lápis: o grafite. A vantagem deste é que você não precisa está sempre fazendo pontas. Mas com este não dou muita sorte e já perdi as contas de quantos comprei. O primeiro desacerto é na mola, quando aperto rapidamente ela encrenca e não tem outro jeito a não ser jogar fora. E quando cai no chão? De dez quedas só uma fica sem quebrar. E ainda tem o caso dos amigos que pegam emprestado e quase nunca devolvem. Além destes desacertos, tem o problema c

VIAGEM

Tomei o ô nibus com destino a você. Parei em frente aos teus olhos, Mergulhei nos teus lábios. Fui levada pelo teu corpo E finalmente cheguei ao teu coração. Foi uma viagem inesquecível De onde nunca mais quero sair, E mesmo que eu saísse não voltaria Com a mesma bagagem que levei Quando viajei em você. Valdelice Santos

A espera inesperada

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    M uito espevitada, ela devorava os livros co m seu encanto pela leitura, era bem magrinha, nem alta e nem baixa, cabelos caracolados e possuidora de grandes olhos cor de mel. Fazia parte de um grupo de amigos que possuía uma grande aptidão para a leitura. Eu era a única que não tinha interesse pelaleitura, apesar de ter um pai dono de uma livraria.      Acho que passava uma péssima impressão de minha pessoa para meus amigos. A começar pelos presentes que eu dava. Deveria presentear com alguns livros que eu sabia que eles sonhavam em ler. Nunca tinha analisado esse caso. Sempre me preocupei em presenteá-los com cartões-postais bem baratos da loja de meu pai, com paisagens daqui mesmo de Recife. Escrevia atrás do cartão, bem bordadinhas, pobres palavras como ´´data natalícia´´ e ´´saudade´´.      Na minha alta ignorância, nem notava o desprezo de meus amigos. Eles faziam encontros de leitura na pracinha, justamente porque sabiam que não contaria com minha presença, já que eu não g