Consumidores se assustam com aumento do preço de alimentos



Os alimentos de extrema importância nos pratos dos brasileiros, como o feijão e o arroz, aumentaram significativamente de preços neste mês de janeiro. Quase todas as hortaliças, legumes e frutas vendidas semanalmente nas feiras-livres e supermercados aumentaram em mais de 50%.
O tomate, a melancia e a farinha de mandioca foram os vilões em preços altos. Na feira-livre de São Félix, por exemplo, um quilo de farinha que custava R$ 3,50 em dezembro, hoje custa R$ 5,00, o tomate passou de R$ 2,50, para R$ 3,50 e a melancia que custava em média R$ 3,00, está custando R$ 5,00. Para o consumidor Euvaldo Jambeiro, morador de São Félix, o que mais pesou no seu bolso foi o preço da farinha e do feijão, que não podem faltar na mesa dos baianos. Na mesma época do ano passado, o aumento nos preços dos alimentos quase não foi percebido pelos consumidores.
Ednilson dos Santos da Cruz vende farinha no Mercado Municipal de São Félix há mais de 40 anos e explicou que enquanto não chover, a farinha vai continuar subindo de preço e mesmo depois da chuva, permanecerá com preço alto porque a mandioca enche de água e não vai prestar para fazer farinha. “Vai precisar de um tempinho para ficar no ponto”, disse ele.
A rigorosa estiagem que os municípios produtores de farinha no interior da Bahia vivem já há dois anos compromete muito a oferta de mandioca e deixa o preço nas alturas. Em outras cidades como Cachoeira, por exemplo, já pode ser encontrada até de R$6,00 o quilo.
Numa pesquisa realizada na feira livre de São Félix, listamos os alimentos que tiveram aumento significativo em janeiro. São eles: feijão, cenoura, batatinha, maracujá, goiaba, chuchu, coentro, hortelã, alface e cebolinha. Permanecem com mesmo preço: coco verde, melão, abacaxi, maçã, pimentão, manga, ameixa, pera, limão e laranja. Em algumas barracas o preço da banana também continua o mesmo. Uma fruta que teve queda foi o morango, que custava R$ 4,50 e hoje custa R$ 3,50.
Adinailda Freitas dos Santos, proprietária de uma barraca na feira livre, disse que se a chuva não vier logo, os preços devem subir mais um pouco. “Precisamos de chuva, mas de maneira moderada porque se vier de vez pode prejudicar as safras dos alimentos mais ainda”.
A mudança climática e o fato de termos muitos consumidores e menos produtores ajudou no aumento dos preços dos alimentos.  Uma alternativa para o problema seria escolher de forma sensata um produto caro por outro que esteja mais em conta, como os da estação, por exemplo.
O aumento no preço dos alimentos reflete também no preço das quentinhas. Em um estabelecendo sanfelixta que custava R$8,00 custa agora R$10,00. O consumidor só deverá perceber queda nos preços a partir de março ou abril. Ou seja, no segundo trimestre de 2013, quando o clima deverá registrar temperaturas mais amenas que garantirão safras melhores.

Preços de outros alimentos

De acordo com o comerciante Natalício Batista da Silva, que vende aves e peixes em um dos boxes do Mercado Municipal de São Félix, o frango, a carne de sertão e a calabresa aumentam cerca de um R$ 1,00 cada um, enquanto o peixe permanece o mesmo preço.
Na venda de Dona Maria Aguiar o ovo continua custando R$ 3,00, mas o grão de milho e o feijão aumentaram razoavelmente. Já em vários supermercados de São Félix o ovo já ultrapassou os R$3,00.
Um alimento que teve uma leve queda foi a carne de boi. No estabelecimento de Anderson Cruz, o quilo da carne de primeira saia por R$ 15,00 e agora está por R$ 14,00 e a de segunda passou de R$ 9,00 para R$ 8,00.
           O preço da carne abaixou devido a seca nos pastos, que obrigou os criadores de gados a se desfazerem de uma porcentagem dos rebanhos, vendendo a preço abaixo do mercado.

Texto e Fotos de Valdelice Santos


Comentários

  1. Parabéns, Val! Gostei da matéria. Seria legal ver como está a inflação no Brasil. Beijos, sucesso!

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