Sai orelhão, entra celular

        Recordo-me de uns sete anos atrás, em que eu tinha que ficar na fila para poder ligar para alguém do orelhão, em Maragogipe. E olha que nessa época existiam vários orelhões espalhados pela cidade.
       Mas quem ia imaginar que um dia ninguém daria bola para o orelhão? Hoje esse meio de comunicação anda esquecido, até mesmo por sua própria empresa. Tanto em Maragogipe, quanto em São Félix e Cachoeira os orelhões estão quase todos (dos poucos que restam) sem funcionamentos.
      Agora é a vez dos celulares, orelhão é coisa de outra era. Faz muito tempo que me deparei com alguém falando no orelhão. O último que eu vi tentando falar, brigava e dava nomes, que nem cabe ser colocados aqui, porque o telefone estava com defeito.
       Talvez o seu uso tenha diminuído porque ele tem apenas a função de falar com alguém do outro lado, coisa que não é mais tão interessante assim, nessa era das novas tecnologias. Já os celulares contêm uma variedade enorme de funções, além de apresentar mais vantagens no custo da ligação, como bônus, por exemplo.
      Mas quem sabe se ainda não vão inventar orelhões que mandem torpedos, conecte a Internet, ou até mesmo tenha toques musicais e jogos? O ruim é que eu poderia enfrentar fila novamente para usá-lo.

Valdelice Santos

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