Riqueza invisível

     O que vem na tua cabeça quando você olha o rio Paraguaçu? Algo que te remete a um momento especial? Talvez um rio que lembra a luta pela Independência da Bahia.Uma grande vontade de se banhar, ou até mesmo pescar. Ou simplesmente um rio poluído. Ou quem sabe até, já pensou tudo isso junto.
      Mas existem aqueles que olham para este precioso recurso natural e não pensam em nada disso. Aliás pensam sim, no melhor lugar para jogar o lixo: se deve jogar na margem ou no centro do rio. A riqueza existente no Paraguaçu torna-se invisível para eles. Assim como passavam despercebidas As Cidades Invisíveis de Ítalo Calvino para muitos visitantes e moradores destas. O rio só é visto por aqueles que quer ver não simplesmente um rio, mas um rio Paraguaçu, que tem histórias e serve de cartão postal para as cidades que ele banha.
     É difícil colocar na cachola desses seres humanos que nenhum rio deve ser digno de poluição, pois, além de matar o rio, mata também todo o ser que nele habita. A grande parte das pessoas que mora nas cidades banhadas pelo rio, vive da pescaria realizada nele e a poluição contínua, traria uma grande perda para eles. Sem contar que o Paraguaçu também é muito forte na área do lazer e do turismo.
     Copos descartáveis, pneus, sacolas plásticas e mais outra porção de lixo estão assassinando seres que vivem no rio e ocupando seus lugares. Sei lá Deus por quantos anos, ou infelizmente por quanto século, eles ficarão depositados no rio. Por consequência disso, o rio também está morrendo. Ele grita, grita, grita...., mas parece que além de não ser visto, também não é ouvido.
Como tem gente que não ouve o rio, que tal gritarmos por ele?

Valdelice santos

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