Um São João com muito forró

O forró de Cachoeira atraiu muita gente


        O São João de Cachoeira foi realizado este ano com muito forró, diferente dos anos anteriores. A mudança não agradou todo mundo, que preferia sertanejo, axé e outros ritmos. O prefeito de Cachoeira, Fernando Antônio da Silva Pereira, mas conhecido com Tato, disse que a mudança se deu porque o tradicional do São João é o forró, por isso ele quis buscar atrações que tocasse este ritmo.         Tato falou também que a festa foi um sucesso e o povo curtiu todos os dias com o espírito de paz, sem violência. O único problema que ele percebeu foi em relação ao lixo jogado no rio Paraguaçu, principalmente pelos comerciantes que instalaram suas barracas próximo ao rio.
        A abertura da festa foi no dia 22, com o festival de música junina e apresentação de quadrilhas. Dentre as várias atrações, marcaram presença Saia Rodada, Trio Nordestino, Estakazero, Calcinha Preta, Tio Barnabé, Cavalo Doido e Virgilio, que é natural da cidade. No dia 27, último dia de festa, como é de costume, foi dedicado ao reggae, e a noite foi encerrada por J. Araújo.


Foto: Valdelice Santos
Esmola Cantada da Ladeira da Cadeia


Samba de roda recebe homenagem

        A festa do São João de Cachoeira este ano homenageou o samba de roda da região. Nos portais fixados na entrada do circuito da festa foi colocado fotos representando o samba de roda. Apresentaram-se no palco principal, na Feira do Porto, o Samba de Roda Filhos da Barragem, Samba de Roda Suerdick (D. Dalva) e Samba de Roda Esmola Cantada da Ladeira da Cadeia. O Samba de Roda filhos do Caquende/ Filhos de Amim foi convidado, mas não pode comparecer à festa porque tinha uma apresentação em Santo Amaro e não chegou a tempo.
        O samba teve início por volta de 1860, como uma forma de preservação da cultura dos africanos que vieram para o Brasil. De acordo com pesquisas históricas, o Samba de Roda foi uma das bases de formação do samba carioca.
        A manifestação está dividida em dois grupos característicos: o samba chula e samba corrido. No primeiro, os participantes não sambam enquanto os cantores gritam a chula – uma forma de poesia. A dança só tem início após a declamação, quando uma pessoa por vez samba no meio da roda ao som dos instrumentos e de palmas. Já no samba corrido, todos sambam enquanto dois solistas e o coral se alternam no canto.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

As baleias viraram pedras?

Andu e mangalô, sabores mágicos nordestinos

Feira livre de Maragogipe