Amor à vocação

O cônego de Cachoeira, Hélio César Leal Vilas Boas, falou de sua vocação sacerdotal sentado numa das cinco mesas do Centro de Hospitalidade Habbuni, que faz parte da Obra de Assistência Paroquial de Cachoeira (OAPC), administrada por ele. Usando óculos, camisa azul clara, calça e sapatos pretos, desfrutando os 53 anos recém-completados, não conseguiu disfarçar o seu amor pela obra divina. Quando eu perguntei como foi o despertar da sua vocação sacerdotal, ele declarou:
– Minha vocação foi despertada quando eu militava no grupo de juventude em Ipiaú. Nesse contato com os jovens e os relacionamentos com alguns adultos, que acompanharam o desenvolvimento das atividades do grupo jovem, eu fui compreendendo o sentido da vida, o amor do próximo. Lá desenvolvíamos um trabalho de assistência a tuberculosos, distribuindo cestas básicas semanalmente, visitando comunidades rurais, catequizando e realizando encontros evangélicos. E no contato com esses pobres eu fui descobrindo que realmente Deus tinha um projeto para mim, de serviço aos marginalizados, aos que precisavam da ação da Igreja. Creio que está aí o princípio de tudo.

Fato marcante

O pe. Hélio, que é natural de Ituberá, nasceu no primeiro dia do ano de 1957 e no dia 2 de novembro de 2009 completou vinte cinco anos de sacerdócio. Perguntei o que mais o marcou durante estes anos de doação à Igreja, e sem pensar muito, ele diz:
– Foram vários fatos que marcaram minha vida, mas o fato, que de certa forma foi um salto significativo do meu ministério, foi a fundação da obra Mariana Sacerdotal que é um Instituto de Vida Secular para fiéis, leigos e consagrados. Localizado em Cachoeira, completou, no dia 27 de dezembro, quatorze anos. Ele traz grande consolação ao meu coração porque cuida das vocações sacerdotais, reza pela santificação dos sacerdotes e isso é uma grande conquista. É uma jóia do meu sacerdócio.
Depois do diálogo com o padre eu encontrei na rua dois jovens bastante descontraídos que quiseram comentar o trabalho que o ele desenvolve em Cachoeira.
“Ele é um padre carismático e de bom relacionamento, que ao longo dos tempos conquistou o coração da maioria dos cahoeiranos, e está sempre presente em Cachoeira”, declara o comerciante Marcos Roberto Moura de Almeida, que diz preferir ser chamado de Marcos Moura.
“Eu acho que ele tem feito muita coisa pela cidade, principalmente com a OAPC e nem um outro padre fez o tanto que ele faz”, diz José Alberto Silva de Jesus, vendedor de motocicletas, tomando a fala de Marcos Moura.

Valdelice Santos

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